terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Entrevista com CAMILO AGGIO

Entrevista Camilo Aggio  
Portal R7

Com a vitória de Barack Obama ao cargo de presidência dos Estados Unidos, ficou perceptível ao mundo inteiro o grande poder que a internet possui de mobilizar as pessoas a chegarem a um denominador comum, principalmente em um assunto que causa tantas controvérsias, que é a eleição a um cargo político.


















Nesse ano de 2010, com o Brasil em ritmo de eleições e seguindo o sucesso alcançado por Obama, os candidatos aos cargos políticos vêm usando demasiadamente o que os especialistas chamam de redes sociais online, dentre as quais estão o Facebook, My Space, Twitter, onde eles promovem os seus projetos e políticas públicas, o que de certa forma promovem certa proximidade com os seus eleitores.
Com vista nesse fenômeno e percebendo a precariedade nas bibliografias sobre esse assunto no Brasil, Camilo Aggio, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Universidade Federal da Bahia (Ufba) é, hoje, um especialista em campanhas online  também pela UFBA. 

Leia abaixo os trechos da entrevista concedida aos alunos do curso de Comunicação Social, do 2° semestre, da Universidade do Sudoeste da Bahia - UESB

Luis Pedro- Quais as vantagens e as desvantagens do uso das novas tecnologias da comunicação na campanha eleitoral de 2010?
Camilo Aggio- Bom, eu não consigo enxergar exatamente desvantagens das campanhas online (utilização da internet por partidos e candidatos nas campanhas eleitorais) para sociedade civil, para o cidadão, na medida em que grande parte da utilização que se tem feito de recursos da internet por partidos e candidatos acaba por se promover um maior fluxo de informacional político relevante (projetos, posicionamentos).Não obstante disso também proporciona que os candidatos estejam mais responsáveis, transparentes, e assim estejam mais submetidos  ao crítico ou à critica do eleitor.Por exemplo , em 2008 não possuímos uma legislação virtual que impunha um anacronismo muito grande nas campanhas online do Brasil.Então, até 2008, os candidatos e partidos  só poderiam usar os websites; era vetada a utilização de qualquer outro recurso como por exemplo as redes sociais online como o Facebook, Orkut, Twitter e o MY Space, etc. Então isso impunha aos candidatos uma restrição muito grande no alcance dos eleitores com os quais eles gostariam de se comunicar. Se hoje estamos na internet estamos basicamente nas redes sociais online. Nós somos o país que mais utiliza esse tipo de coisa. Então alguns candidatos têm a possibilidade de chegarem próximos de nós. Nós temos a possibilidade de aceitar e acompanhar esses sujeitos cotidianamente. Enfim, para a sociedade civil vejo pouca desvantagem. Para as campanhas existem algumas desvantagens, em termos estratégicos de propagandas, pois quanto mais transparentes, mais suscetíveis a constrangimentos, a respostas. Então você tem uma situação de muito mais constrangimentos e a possibilidade de eles terem de se posicionar muito mais que seria se eles não tivessem acesso a esses novos meios comunicacionais.

Juraci (portal R7)- Assim como o nosso veículo de informação, o uso das tecnologias também ajuda a política a propagar informações. Apesar disso, o senhor considera que, como a maioria dos que acessam os portais online são jovens, esse público, para a política, segue essa mesma tendência, ou já é algo mais abrangente?
Camilo Aggio- Creio que seja mais abrangente. Não acredito que seja apenas jovem. Não teria uma análise quantitativa para oferecer. As pessoas que acompanham o Twitter e que desenvolvem uma conversação em torno dos temas políticos eleitorais não são apenas jovens. Essas informações se dão de uma maneira muito complexa e espalhada, e não respeita exatamente uma faixa etária restrita.

Murilo (Caros Amigos)- Os partidos políticos tem feito largo uso dessas novas tecnologias em favor das suas campanhas. Desses meios, quais seriam os mais eficazes para alcançar o público e qual vem sido a resposta do público perante as campanhas online?
Camilo Aggio- Por um longo período de tempo nós só tínhamos apenas os WEBSites, como eu tinha dito anteriormente, então nós tínhamos um grande problema, nós tínhamos que usar outros mecanismos e não apenas a internet para atrair a atenção dos eleitores.Eles teriam que entrar no GOOGLE e digitar o nome do candidato e ainda assim rezar para que nas primeiras ocorrências aparecessem seu WebSites oficial. Nós estamos entrando em uma fase aonde nós não vamos mais atrás da informação, nós nos deparamos com ela. Então sem dúvida, o meio mais eficaz para atingir o público são as redes sociais, onde se tem a possibilidade de compartilhar e de propagar de uma maneira impressionante qualquer tipo de informação política e de natureza diversa e inclusive aquelas satíricas, divertidas, cômicas. Por exemplo, eu falava de constrangimentos e de situações não planejadas e o modo como as campanhas teriam que lidar com isso. Se por um lado é muito bom, porque você se aproxima do seu público, tem a possibilidade de estabelecer uma comunicação direta. Por outro lado, você também está sujeito a constrangimentos, por exemplo, um militante ou algum eleitor simplesmente circunstancialmente engajado na campanha do José Serra, criou um headtags “Pergunte ao Serra”, que é uma proposta totalmente legítima. No entanto subestimaram o caráter, a sociabilidade extrovertida do Twitter. As pessoas fazem piadas, brincam. Então o que era para ser um ‘pergunte ao Serra’ para esclarecer dúvidas e solicitar ao Serra esclarecimentos os seus projetos de políticas públicas ou posicionamentos acabou virando uma grande piada. O “Pergunte ao Serra’’ começou a ser disseminado para a utilização de perguntas bobas para ele, como por exemplo: “Serra, par ou ímpar?”, “Serra, quanto você cobra para assombrar uma casa de 6 cômodos?”. Então, as redes sociais é o modo mais eficaz, é que nós estamos chamando de WEB 2.0 , cujo pressuposto é você criar primeiro esse laços que chamamos de redes sociais online , mas também a produção e compartilhamento de conteúdos de um modo dinâmico e efetivo que ninguém controla.


Thais ( Jornal a semana) - A internet é um veiculo cada vez mais utilizado nas campanhas políticas. Qual sua opinião sobre a utilização do Youtube nas campanhas?
Camilo Aggio - Fundamental. Primeiro porque se tem um grande problema, os candidatos não podem produzir demais, porque custa caro e a exemplo de um web site, você teria que atrair o espectador a procurar assistir aquele vídeo, então tem que haver uma predisposição daquela pessoa em querer saber de determinado candidato. Com o youtube isso é muito mais eficaz, porque basta você ter um blog e deixar o link lá para as pessoas poderem conhecer. E não apenas isso, com o barateamento de publicação com essa efetividade, no que diz respeito à quantidade de pessoas que podem assistir a esse vídeo, eles podem traçar de políticas publicas de seus posicionamentos, podem fazer sobre aliados políticos ou determinados grupos como os ambientalistas. Portanto existe uma grande diversidade no que diz respeito ao que você pode produzir a partir do formato áudio visual. Não obstante a forma como os partidos utilizam isso, há a possibilidade de se produzir, sobre determinados assuntos ligados as campanhas, e existe também essa versão extrovertida que poder pegar o que o candidato diz, e colocar em outro contexto.


Katarina -Como é feito o uso de torpedos para promover a figura de um candidato?
Camilo Aggio - Existe ainda pouco registro da utilização desses SMS. Como esse tipo de coisa foi utilizada na campanha do Obama, que é o grande ícone nessa historia? Primeiro eles faziam um evento eleitoral, um comício ou uma reunião de militantes. Os eleitores iam para ouvir o que o candidato tinha a dizer e recebiam um papel com dois números de telefone para os quais eles deveriam enviar uma determinada mensagem. Eles tinham um banco de dados, com números de pessoas que estavam indecisas quanto ao voto, e pediam a essas pessoas que se identificavam com o Obama, para enviar a mensagem para pessoas conhecidas da pessoa.
No Brasil o que acontece é que os partidos acabam mandando e se identificando até. E o nível de rejeição é enorme. Não vejo ainda uma utilização eficaz disso, nem do ponto de vista político nem democrático.

Jobeslane (Jornal à tarde)-Segundo a tendência das eleições de 2008 para presidente nos Estados Unidos, a justiça eleitoral brasileira, permitiu a propaganda política na internet. O que realmente é permitido?
Camilo Aggio -  Tudo é permitido na internet. Há apenas uma pequena restrição que diz respeito a web site que você tem que registrar no TSE, e 48 horas antes das eleições ele deve sair do ar, mas as demais redes sociais, não tem nenhum tipo de legislação, onde tudo é liberado, a não ser é claro, da questão do anonimato, da calúnia. Do candidato se sentir ofendido e assim, ter direito de resposta. A internet é vista como uma espécie de praça publica, onde os sujeitos falam o que acham que devem falar, respeitando a liberdade do outro. Apoiando quem eles quiserem apoiar. Parece-me que eles não podem pedir voto, mas na internet a liberdade é mais absoluta.

Genisvaldo (Jornal Nacional)- Quais os cuidados que se deve ter ao usar essas novas tecnologias da comunicação para divulgar suas propostas?
Camilo Aggio - A internet possibilita que os partidos e os candidatos tenham controle absoluto do tempo e do espaço que utilizam. Então se no horário político se tem um tempo restrito, no caso de Marina, que é de um minuto e pouco, isso é um tempo irrisório para você tratar de propostas, ou de pelo menos você apresentar argumentos razoáveis que sustentem suas propostas. Ela tem um espaço total e absoluto dentro do seu web site, dedicado a oferecer informações. E poderia até, colocar vídeo no youtube para pode complementar aquilo que foi dito no Horário gratuito. Uma estratégia boa para a candidata Marina seria ela ter usado 10 segundos do seu tempo na televisão e chamar o telespectador para acompanhar a continuação daquele vídeo no youtube. Devem tomar todos os cuidados possíveis, com certeza devem ter assessor que o orienta para não cometer nenhuma arbitrariedade.
Por : Emanuelle Félix, Juraci Santana e Márcia Andréia

Caricatura

Caricatura é um desenho de um personagem da vida real, tal como políticos e artistas. Porém, a caricatura enfatiza e exagera as características da pessoa de uma forma humorística, assim como em algumas circunstâncias acentua gestos, vícios e hábitos particulares em cada indivíduo.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Caricatura



Exemplos:



Carta ao Leitor

Em jornais, livros e revistas, a carta ao leitor quase sempre vem na primeira página, para que o leitor leia essa mensagem antes de começar a leitura do livro, revista, etc. Nos sites, a carta ao leitor, está na primeira página do site. Vc entra no site e vê logo um texto com o nome "carta ao leitor".

Exemplo:

Bom mas insuficiente
 


O governo anunciou, na semana passada, o esperado pacote de medidas destinadas a turbinar o ritmo de crescimento da economia brasileira. O conjunto é um notável esforço gerencial que ordena, explicita, define metas e facilita seu acompanhamento e cobrança. Em resumo, as medidas, se implementadas como em sua concepção original, vão aumentar a eficiência da máquina governamental. Isso é bom. Muito bom. Sucessivos governos brasileiros sofrem há décadas de uma crônica falência geral de órgãos quando se trata de executar planos. Mas é insuficiente. O pacote azeita um modelo de Estado caro, baseado no financiamento das iniciativas pelo aumento constante dos impostos e com participação apenas pontual da iniciativa privada.
Para não perder oportunidades, um país inserido na economia global precisa de muito mais do que uma máquina velha restaurada. Os economistas utilizam uma feliz expressão para definir o esforço, às vezes excruciante, de tentar manter em funcionamento um sistema obsoleto: "Dependendo do motor, até tijolo voa".
A Alemanha Oriental sob o comunismo era um "tijolo voador". Os moradores do lado oriental do Muro de Berlim tinham quase o mesmo número per capita de automóveis que os moradores do lado ocidental. A diferença? Os do lado ocidental eram Porsche e Mercedes-Benz. O modelo dominante do lado oriental era o Trabant – cada um poluía como dois ônibus urbanos modernos, não tinha chave de ignição nem marcha a ré. Bastou cair o Muro para que a realidade se impusesse, e o que parecia avanço sob o isolamento da pax sovietica se mostrou o mais cru atraso.
Nos anos 90, ao debelar a inflação, abrir a economia, privatizar estatais e aprovar a Lei de Responsabilidade Fiscal, o Brasil derrubou seu Muro de Berlim. Agora precisa avançar. Isso se faz com o aumento da eficiência não apenas do governo, mas de toda a economia. A receita para isso é conhecida: deter o rombo da Previdência, gastar melhor o que o governo já arrecada – para, assim, poder diminuir a carga de impostos, que passa de 40% do PIB – e modernizar as relações trabalhistas. Um trabalho prioritário para Executivo, Legislativo, Judiciário e a sociedade tocarem juntos – e em regime de urgência.

Fonte: http://veja.abril.com.br/310107/cartaleitor.html

Exemplo de Crônica

Amor Corinthiano

Era uma tarde de domingo, o sol aquecia os corações dos torcedores mais apaixonados, em goiânia. Era a definição do campeonato Brasileiro de 2010. Corinthians e o sonho do titulo e o já rebaixado Goiás. Além de ser palco para um espetaculo, o jogo ficou na memória dos que ali estiveram.
 Marcos e Elisa, corinthianos natos, nascidos em São Paulo, compareceram ao último jogo do time no campeonato. Em meio a todo o drama e sofrimento que já é caracteristico em seus jogos, este não ficou atrás, e foi também a flor da pele:
 - Marcos, e ai como está o jogo do Fluminense?
- (ele acompanhando pelo celular): O Guarani virou o jogo, e está de 2 a 1.
- Não acredito! Esse ano o campeonato é nosso -Elisa grita- Timão êô...
 O juiz encaminha o jogo para os minutos finais, o corinthians vence por 1 a 0. Com o gol mas bonito do time no ano, feito por Ronaldo.
 A torcida se agita e se anima virando, mais do que nunca, uma familia só.
 Marcos e Elisa comemoram demas, a alegria é contagiante vindo do sorriso e a emoção de ambos. Depois de quatro anos de namoro e ali em meio a toda a comemoração e emoção, Marcos diz a Elisa:
 - Em meio a comemoração do titulo de uma grande paixão e de frente para o meu grande amor, eu lhe pergunto, aceita se casar comigo?
 Muito emocionada e sem palavras, ela aceita. E ali em meio a comemoração do Pentacampeonato Corinthiano, o amor e a paixão pelo time une dois corações Paulistanos.


Crônica Feita por: Márcia Andréia

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O que é uma crônica?

Crônica: um gênero literário
       A crônica é um gênero literário que, a princípio, era um "relato cronológico dos fatos sucedidos em qualquer lugar"1, isto é, uma narração de episódios históricos. Era a chamada "crônica histórica" (como a medieval). Essa relação de tempo e memória está relacionada com a própria origem grega da palavra, Chronos, que significa tempo. Portanto, a crônica, desde sua origem, é um "relato em permanente relação com o tempo, de onde tira, como memória escrita, sua matéria principal, o que fica do vivido"2.
        A crônica se afastou da História com o avanço da imprensa e do jornal. Tornou-se "Folhetim". João Roberto Faria no prefácio de Crônicas Escolhidas de José de Alencar nos explica:

"Naqueles tempos, a crônica chamava-se folhetim e não tinha as características que tem hoje. Era um texto mais longo, publicado geralmente aos domingos no rodapé da primeira página do jornal, e seu primeiro objetivo era comentar e passar em revista os principais fatos da semana, fossem eles alegres ou tristes, sérios ou banais, econômicos ou políticos, sociais ou culturais. O resultado, para dar um exemplo, é que num único folhetim podiam estar, lado a lado, notícias sobre a guerra da Criméia, uma apreciação do espetáculo lírico que acabara de estrear, críticas às especulações na Bolsa e a descrição de um baile no Cassino."3

        O folhetim fazia parte da estrutura dos jornais, era informativa e crítica. Aos poucos foi se afastando e se constituindo como gênero literário: a linguagem se tornou mais leve, mas com uma elaboração interna complexa, carregando a força da poesia e do humor.
        Ainda hoje há a relação da crônica e o jornalismo. Os jornais ainda publicam crônicas diariamente, mas seu aspecto literário já é indiscutível. O próprio fato de conviver com o efêmero propicia uma comunicação que deve ser reveladora, sensível, insinuante e despretenciosa como só a literatura pode ser. É "uma forma de conhecimento de meandros sutis de nossa realidade e de nossa história..."2.
        No Brasil, a crônica se consolidou por volta de 1930 e atualmente vem adquirindo uma importância maior em nossa literatura graças aos excelentes escritores que resolveram se dedicar exclusivamente a ela, como Rubem Braga e Luís Fernando Veríssimo, além dos grandes autores brasileiros, como Machado de Assis, José de Alencar e Carlos Drummond de Andrade, que também resolveram dedicar seus talentos a esse gênero. Tudo isso fez com que a crônica se desenvolvesse no Brasil de forma extremamente significativa.
           Na crônica, "Tudo é vida, tudo é motivo de experiência e reflexão, ou simplesmente de divertimento, de esquecimento momentâneo de nós mesmos a troco do sonho ou da piada que nos transporta ao mundo da imaginaçãp. Para voltarmos mais maduros à vida..."4.

 
1 - Afrânio Coutinho - "A literatura no Brasil" - Volume III - RJ: Livr. São José, 1964.
2 - Davi Arrigucci Jr. - "Fragmentos sobre a crônica" - Folha de São Paulo, 01/05/87.
3- João Roberto Faria no prefácio (Alenaar conversa com os seus leitores) de "Crônicas escolhidas - José de Alencar" - São Paulo: Ed. Ática e Folha de São Paulo, 1995.
4 - Antônio Cândido no artigo "A vida ao rés-do-chão".
Fonte: http://www.sitedeliteratura.com/Teoria/cronicas.htm
Exemplo:

Recado ao Senhor 903
“Vizinho,Quem fala aqui é o homem do 1003. Recebi outro dia, consternado, a visita do zelador, que me mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o barulho em meu apartamento. Recebi depois a sua própria visita pessoal – devia ser meia-noite – e a sua veemente reclamação verbal. Devo dizer que estou desolado com tudo isso, e lhe dou inteira razão. O regulamento do prédio é explícito e, se não o fosse, o senhor ainda teria ao seu lado a Lei e a Polícia. Quem trabalha o dia inteiro tem direito a repouso noturno e é impossível repousar no 903 quando há vozes, passos e músicas no 1003. Ou melhor; é impossível ao 903 dormir quando o 1003 se agita; pois como não sei o seu nome nem o senhor sabe o meu, ficamos reduzidos a ser dois números, dois números empilhados entre dezenas de outros. Eu, 1003, me limito a Leste pelo 1005, a Oeste pelo 1001, ao Sul pelo Oceano Atlântico, ao Norte pelo 1004, ao alto pelo 1103 e embaixo pelo 903 – que é o senhor. Todos esses números são comportados e silenciosos: apenas eu e o Oceano Atlântico fazemos algum ruído e funcionamos fora dos horários civis; nós dois apenas nos agitamos e bramimos ao sabor da maré, dos ventos e da lua. Prometo sinceramente adotar, depois das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento de manso lago azul. Prometo. Quem vier à minha casa (perdão: ao meu número) será convidado a se retirar às 21h45, e explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às 7 pois as 8h15 deve deixar o 783 para tomar o 109 que o levará ate o 527 de outra rua, onde ele trabalha na sala 305. Nossa vida, vizinho, está toda numerada: e reconheço que ela só pode ser tolerável quando um número não incomoda outro número, mas o respeita, ficando dentro dos limites de seus algarismos. Peço-lhe desculpas – e prometo silêncio.
[...] Mas que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem batesse à porta do outro e dissesse: ‘Vizinho, são três horas da manhã e ouvi música em tua casa. Aqui estou’. E o outro respondesse: ‘Entra vizinho e come do meu pão e bebe do meu vinho. Aqui estamos todos a bailar e a cantar, pois descobrimos que a vida é curta e a lua é bela’.
E o homem trouxesse sua mulher, e os dois ficassem entre os amigos e amigas do vizinho entoando canções para agradecer a Deus o brilho das estrelas e o murmúrio da brisa nas árvores, e o dom da vida, e a amizade entre os humanos, e o amor e a paz.”

(Rubem Braga. "Para gostar de ler". São Paulo: Ática, 1991)

Exemplo de Editorial

Editorial: Quem prejudica o Brasil?

A direita brasileira continua muito atuante, tem uma agenda própria e articula ataques em várias frentes contra o que pode ameaçar seus interesses. O oligopólio da mídia neoliberal-burguesa expressa exatamente o que quer e o que faz a direita, que atua nas instituições públicas, nos poderes da República, nos bastidores da política e da economia. A direita cuida especialmente da defesa do capital, das vantagens econômicas do empresariado, dos privilégios patrimoniais das elites e do poder político das oligarquias.

Desde o final do ano passado a direita brasileira cerrou fileiras para enterrar de vez o esclarecimento dos crimes praticados pelo Estado na ditadura militar (1964-1985), em especial o que foi suscitado pelo 3º Programa Nacional dos Direitos Humanos, lançado em dezembro, e que levou o presidente da República a fazer alterações ao gosto dos setores mais reacionários. A direita não quer saber de Comissão da Verdade e da Justiça, não quer passar a limpo a história da prisão, tortura, morte e desaparecimento de opositores políticos.

A direita ataca as propostas de democracia participativa, tudo o que possa aperfeiçoar o sistema representativo e assegurar ao povo o papel de sujeito da história. A direita critica a realização de conferências nacionais que possibilitam a formulação de políticas públicas, assim como as propostas de plebiscitos e referendos para as grandes definições nacionais.

Amarrada aos pontos do Consenso de Washington, mesmo com o fracasso e a crise do neoliberalismo em todo o mundo, notadamente na América Latina, a direita brasileira continua defendendo a privatização de serviços públicos, rodovias, portos, aeroportos, educação e saúde – apesar da péssima prestação de tais serviços pelas empresas privadas.

Ao mesmo tempo rejeita, com muita força, todas as medidas que possam melhorar as condições de vida e trabalho do povo brasileiro. No momento, ataca a redução da jornada de trabalho para 40 horas e a mudança nos critérios das aposentadorias. A direita não tem o menor interesse que os trabalhadores conquistem uma vida com dignidade, que as leis trabalhistas sejam cumpridas.

A direita não se importa com a construção de um País mais justo, que assegure igualdade de oportunidade para todos, que amplie direitos, que trate do bem-estar das pessoas antes do lucro e do sucesso das empresas. Conhecer mais sobre a direita é identificar quem realmente tem prejudicado o Brasil.


Publicado na versão online da revista "Caros amigos", 8 de abril de 2010 às 11:23.

Caracteristicas de um Editorial

O editorial é um tipo de texto utilizado na imprensa, especialmente em jornais e revistas, que tem por objetivo informar, mas sem obrigação de ser neutro, indiferente.

É comum se ter uma seção chamada Editorial na mídia impressa.

Então, a objetividade e imparcialidade não são características dessa tipologia textual, uma vez que o redator dispõe da opinião do jornal sobre o assunto narrado.

Logo, os acontecimentos são relatados sob a subjetividade do repórter, de modo que evidencie a posição da mídia, ou seja, do grupo que está por trás do canal de comunicação, uma vez que os editoriais não são assinados por ninguém.

Assim, podemos dizer que o editorial é um texto mais opinativo do que informativo.

O editorial possui um fato e uma opinião. O fato informa o que aconteceu e a opinião transmite a interpretação do que aconteceu.

Pelas características apontadas acima, podemos dizer que o editorial é um texto: dissertativo, pois desenvolve argumentos baseados em uma ideia central; crítico, já que expõe um ponto de vista; informativo, porque relata um acontecimento.

O jornal que apresenta matérias excessivamente críticas e opinativas e que não possui um ambiente separado para editoriais é considerado “de opinião”!

Contudo, contrariando o fato do editorial levar em consideração a opinião do jornal como um todo, muitos editoriais de revista mostram apreciações feitas por autores que assinam o texto e muitas vezes até mostram o rosto em uma foto!


Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

Exemplo de Charge



Fonte : http://www.reinaldoferreira.com.br/charge.html

Qual a classificação que se dá ao termo ' Charge ' ?

 A charge é uma ilustração cômica que satiriza de forma crítica os acontecimentos sociais e políticos. Embora seja importante numa charge o seu conteúdo humorístico, ela é feita ainda à mão para preservar seu valor artístico, podendo ser montada ou retocada por computador.

Gênero opinativo

O gênero opinativo vem divido em alguns Formatos:

- Charge
- Editorial
- Carta do Leitor
- Crônica
- Comentários

- Artigos de Opinião.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Exemplo de entrevista

Ronaldo Fenômeno
"A torcida do Corinthians é algo muito especial", Ronaldo Fenômeno


A torcida do Corinthians para Ronaldo...

Essa torcida é algo muito especial. Na Europa, o torcedor é mais tranquilo. Não tem torcida organizada

O primeiro gol pelo Corinthians...

O gol contra o Plameiras foi muito significantivo. Só quem é atleta e tem um problema no joelho sabe como é bom conseguir voltar

Como a sua volta foi vista...

É normal que pouca gente acreditasse no meu retorno. Tudo o que fiz e estou fazendo é porque gosto de jogar futebol. Ser jogador exige muito exercício. E eu voltei

A bola na trave antes do primeiro gol, no retorno...

Tenho certeza que Deus está olhando para mim constantemente e me guiando. Na hora do jogo não dá para saber porque a bola não entrou, não passa muita coisa na nossa cabeça

Quando o Mano Menezes o chamou no campo...

Fiquei com um pouco de receio de entrar e ter uma recaída muscular. Mas, depois que a bola rolou na minha frente, tudo passou

E a fama de

Eu não ligo muito para o que falam por aí. Ainda tenho que perder 3 kg. A vida de atleta é cheia de sacrifícios, mas tenho sorte de não gostar muito de doce, prefiro o salgado. faço sacrifício todos os dias e estava treinando cerca de 50% mais do que os outros jogadores

A carreira de jogador termina no Brasil?

Agora, encerro minha carreira no Brasil. Já foram 15 anos de Europa

O melhor jogador que você já jogou...

Zidane
 
Fonte: http://altashoras.globo.com/Altashoras/0,,ENN909-8576,00.html

Entrevista jornalística

Uma entrevista é um feito com que consiste num diálogo entre duas ou mais pessoas: o entrevistador ou entrevistadores que interrogam e o ou os que contestam. Trata de uma técnica ou instrumento empregado em diversas atividades profissionais (por exemplo em investigação, medicina, seleção de pessoal). Uma entrevista não é casual senão que é um diálogo interessado, com um acordo prévio e uns interesses e expectativas por ambas partes.
A entrevista jornalística distingue-se fundamentalmente por três fatores:
  • Um evidente interesse para a pessoa entrevistada
  • Perícia no manejo da técnica de pergunta e resposta
  • Vontade manifesta de difundir o resultado num meio de comunicação
Muito mais que uma técnica, utilizada pelos profissionais para recebar informação, a entrevista é sobretudo um género jornalístico. É uma das técnicas mais utilizadas.
A palavra entrevista prove do francês entrevoir que significa o que se entrevê ou o que se vislumbra

A entrevista tem um número de variantes indeterminadas, a seguir citam-se vários tipos de entrevista que aparecem nos méios de comunicação:
  • Informativa ou de atualidade
É a vinculada com os feitos do dia
  • De divulgação
Sobre temas especializados em avanços ou descobertas científicas, médicos, tecnológicos, etc.
  • Testemunhos
As que aportan dados, descrições e opiniões sobre um acontecimento presenciado
  • Declarações
Dados, julgamentos ou opiniões recolhidos textualmente
  • Inquéritos
Perguntas destinadas a obter informação sobre a opinião de um sector da população sobre um tema
  • Perfil ou semblanza
É próximo da biografia, está baseado na combinação de fontes documentários e testemuñais com dados obtidos da pessoa entrevistada.
  • Questionario fixo
Em alguns méios usa-se periodicamente com diferentes pessoas. Abrange registros diferentes, desde o humor até a seriedade.
  • De investigação ou indagacão
Não aparece publicado com forma de entrevista. Utilizam-se para obter ou contrastar informação.
  • Interpretativa
Também conhecida como criativa, de personagem, etc. Interessa a personagem de uma maneira global. Interessa o valor estético do texto e o interesse humano.

Exemplo de Reportagem

FMI prevê que mundo crescerá 4,8% em 2010
Fundo Monetário Internacional volta a manifestar preocupação com economias avançadas, que não conseguem fortalecer a demanda interna e, consequentemente, deixar mais espaço para a consolidação fiscal.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou nesta quarta-feira (6) que a economia global crescerá neste ano 4,8%, graças ao empurrão dos países emergentes, que lideram uma recuperação frágil e com riscos em múltiplas frentes.

O organismo, que divulgou seu relatório semestral "Perspectivas Econômicas Mundiais", prevê para 2011 alta de 4,2% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Em julho, a previsão do FMI era de crescimento mundial de 4,6% em 2010 e de 4,3% em 2011.

Os países que terão mais destaque no cenário econômico global serão os emergentes, que crescerão este ano a uma média de 7,1%, frente à tímida alta de 2,7% das nações desenvolvidas, as mais castigadas pela crise. As diferenças serão mantidas em 2011, quando as economias em desenvolvimento crescerão 6,4%, contra 2,2% dos países ricos.

A instituição assinala que a fragilidade percebida atualmente é causada pela dificuldade das economias avançadas em fortalecer a demanda interna e, consequentemente, deixar mais espaço para a consolidação fiscal.

Além desse reequilíbrio, é preciso que países com déficits elevados, como os Estados Unidos, reforcem seu setor exportador, e os que registram superávit, principalmente as nações asiáticas, reduzam suas vendas ao exterior.

Para isso, o FMI considera necessário que as economias desenvolvidas reformem seus setores financeiros para que o crédito volte a fluir normalmente nos mercados.

O Fundo insiste ainda que é preciso que a austeridade fiscal seja estabelecida plenamente em 2011, com planos específicos para deter os déficits orçamentários e criar um espaço de manobra no terreno fiscal. "Um dos desafios mais urgentes para as economias avançadas é criar planos para ajudar a conseguir posições fiscais sustentáveis antes do final da década", destaca o relatório.

O organismo insiste na necessidade de uma margem de manobra no terreno fiscal, uma vez que as políticas monetárias por si mesmas podem não ser capazes de oferecer o respaldo necessário para fazer frente à débil atividade nos países desenvolvidos. A instituição considera que os planos de austeridade fiscal terão que incluir reformas nos programas onde as despesas aumentam rapidamente, como os de seguridade social.

Além disso, também é preciso melhores práticas no setor financeiro dos países desenvolvidos, para que a recuperação seja mais firme e resguardada de possíveis contratempos.

O estudo acrescenta que, embora os países emergentes tenham concluído "com sucesso" a primeira rodada de reformas para melhorar seus marcos macroeconômicos, estas nações necessitam ainda dar mais um passo para sustentar e aumentar seu potencial de crescimento.

Seria útil para isso, destaca o Fundo, que os emergentes simplificassem a regulação dos mercados de produtos e serviços e que construíssem infraestruturas de crise. Essas reformas, indica o FMI, permitirão também absorver os crescentes fluxos de capital de forma produtiva.

O Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), a maior associação de bancos do mundo, previu nesta semana que os fluxos privados de capital em direção aos mercados emergentes aumentarão 41,9% em 2010, a US$ 825 bilhões.
JL 

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI177714-15259,00.html

O que se entende por Reportagem?



Reportagem


A reportagem é um dos gêneros mais nobres em jornalismo. É na reportagem que se evidenciam os grandes jornalistas. Alem disso, a reportagem é o gênero que permite uma maior criatividade, estando ligada à subjetividade de quem a escreve. No fundo, trata-se do “contar de uma história”, segundo um ângulo escolhido pelo jornalista que a investigou. Feita a investigação, o jornalista parte dos fatos e constrói uma história integrando citações dos personagens que nela participam e/ou citações de documentos importantes para a validação e comprovação dos factos apresentados.
Jean-Luc Martin-Lagardette, num livro intitulado “Manual de escrita jornalística: escrevo – informo – convenço”, classifica do seguinte modo a reportagem: “É um gênero muito apreciado por ser um testemunho direto encenado com arte. Anima-o, dá-lhe cores, relevo, humanidade. Exige tempo e disponibilidade pois é necessário ir ao terreno. Utiliza-se o mais frequentemente possível, nem que seja para dar vida a um acontecimento que, sem isso, permanece baço e impessoal”.
Destas palavras, depreende-se que o jornalista tem de se mexer, tem de ir ao local onde os fatos decorreram ou decorrem e tem de captar o que lá se passa, mantendo os cinco sentidos alerta. “O repórter é um olho, um nariz e um ouvido inclinados sobre a caneta”, diz ainda Jean-Luc Martin-Lagardette. Por isso, na escrita, deve ser usado o estilo direto, a maior parte das vezes no tempo presente, havendo referência a episódios concretos, havendo imagens, pormenores e expressões. Tudo isto é contado de acordo com a subjetividade de quem conta. Porém, a narrativa terá de ser objeciva e verídica no que respeita aos fatos e aos acontecimentos.
Tal como a entrevista, uma reportagem também deve ser preparada. Até porque, uma boa e grande reportagem envolve investigação, seleção das melhores fontes, leitura de documentos, conversa com os diferentes protagonistas ou personagens envolvidos na história e exige que se capte o ambiente onde decorrem ou decorreram os acontecimentos.
Logo, nos TPC de uma reportagem há a assinalar o seguinte:
  • Investigação
  • Escolha do ângulo/tema
  • Recurso ao centro de documentação/Internet, etc.
  • Exame dos documentos vDefinição de um roteiro com os locais e as pessoas a contactar
Quanto à estrutura ou corpo da reportagem, convém frisar que esta deve ter uma boa abertura. Ou seja, deve começar de um modo que prenda a atenção do leitor. Portanto, compete ao jornalista selecionar para o início algo que chame de imediato a atenção e que desperte a curiosidade para que o leitor queria ler e perceber o resto da história. É por esta razão que na gíria jornalística o início das reportagem é designado por “ataque”.
Geralmente os estudiosos das Ciências da Comunicação identificam três tipos de reportagem:
  • reportagem de acontecimento (Fact Story)
  • reportagem de acção (Action Story)
  • reportagem de citação (Quote Story)
A estes três modelos, vários autores como Joaquim Letria, no livro “Pequeno breviário Jornalístico: géneros, estilos e técnicas”, acrescentam mais dois sub-tipos: reportagem de prognóstico e de continuidade. São aquelas reportagens que têm a missão de manter vivo um fato relatado ou estabelecem continuidade com outros textos já anteriormente escritos, associados a acontecimentos considerados importantes.
Vejamos agora os vários tipos de reportagem, socorrendo-nos das caracterizações feitas por Joaquim Letria no livro que já indicamos:
“Na reportagem de ‘acontecimento’, o jornalista oferece normalmente uma visão estática dos fatos, como uma coisa consumada. Pode dizer-se que escreve de fora do que aconteceu, é um observador que contempla o objeto do seu relato, é particularmente útil na descrição, ou seja, nos casos em que estes se apresentam de modo simultâneo e perfeito, não acompanhando a sua evolução no tempo.
Já a reportagem de ‘ação’ permite ao jornalista oferecer um tipo de relato dinâmico dos fatos, seguindo o seu ritmo próprio de evolução, como se em condições porventura reais de vivência do processo de desenvolvimento da linha temporal, modelo recomendado para o exercício da narração, o que explica a sua preponderância na massa de noticiário escrito ou audiovisual.
A reportagem de ‘citação’, ou entrevista, é geralmente entendida como uma forma de entrevista jornalística. Ou seja, uma reportagem em que se alterna a escrita de palavras do seu autor com citações textuais de personagens interrogadas, cabendo as descrições e as narrações ao jornalista autor do texto. Assumem por vezes a forma de relatos na terceira pessoa, intercaladas com citações de frases exactas de interlocutor ou interlocutores do autor.
Independentemente desta caracterização, acontece que, muitas vezes, em histórias mais envolventes e complicadas, é difícil termos apenas um estilo de reportagem. Isto é, a reportagem de citação mistura-se com a de acção e com a de acontecimento. Nessa altura, a melhor estrutura é a que mantém as chamadas “leis da alternância”. Estas permitem construir um texto vivo e com ritmo. 

http://www.cienciaviva.pt/projectos/genoma2003/apoio5.asp

Subdivisões da Noticia

A noticia dentro do gênero informativo, vem subdividida: 

Manchete- É o titulo principal que indica a noticia mais importante do jornal. Existe a manchete principal do jornal (na primeira página), assim como a manchete de cada caderno, seção ou página. Onde encontrar:  a manchete é sempre aquela que vier graficamente com maior destaque, ou que tiver as letras mais carregadas de tinta.
Chamada – Pequeno texto usado na primeira página para chamar a atenção do leitor para determinado material.
Legenda- Linha de texto colocada sob a foto. Artificio adicional para destacar o tema da matéria.
Foto-legenda - Pequena matéria de no máximo 20 linhas, usada para explicar ou destacar foto.
Box- Recurso editorial que se reveste de uma forma gráfica própria. Um texto que aparece na página entre fios, sempre em associação íntima com outro texto, mais longo. Pode ser uma biografia, um diálogo, uma nota da redação, um comentário, um aspecto pitoresco da noticia.


http://www.scribd.com/doc/5665533/Glossario-de-Jornalismo
O que é Nota Jornalistica?

Nota ou balaio – Texto curto usado em colunas. Pequeno texto
referente a um assunto que irá acontecer e responde a três questões as
básicas para compreensão: que, quem, quando. 
 
Fonte: http://www.scribd.com/doc/5665533/Glossario-de-Jornalismo

Exemplo de Nota:
No mesmo dia em que o The New York Times noticia a diminuição do número de cristãos e da influência do cristianismo no Oriente Médio, UOL Notícias traz imagens do Papa em visita a Belém (aquela que não é a capital do Pará), declarando seu apoio à criação do Estado Palestino.

http://contraofalsoobvio.blogspot.com/2009/05/nota-jornalistica.html

Nota Jornalistica Por: Márcia Andréia

 O presidenciável do PSDB, José Serra, esteve em Vitória da Conquista no ultimo dia 8. A visita foi motivada pela vitória eleitoral dentro do municipio, onde o prefeito faz parte do Partido dos Trabalhadores. A visita contou com carreata e comicio, onde ele falou a respeito dos planos para a região. O presidenciável que havia planejado sua visita a cidade em meados de setembro, só o pode fazer agora, em razão de sua agenda, e com um motivo ainda melhor que foi sua vitória sobre a candidata do PT Dilma Roussef.

Exemplo de Noticia

Após vermos as caracteristicas atribuídas a uma noticia, e um exemplo da mesma, postarei abaixo uma noticia criada por mim.


 O programa semanal de rádio " Café com o presidente", que é um programa de entrevistas com o presidente Lula acerca de um tema especifico, apresentou ontem um tema que preocupa e envolve direta ou indiretamente toda a população brasileira: a melhoria do sistema previdenciário no Brasil. O presidente utilizou o termo "avanço" para caracterizar a situação atual da previdência, em razão da modernização e organização no sistema.
 Lula disse que hoje em dia, com a modernização dentro da previdência, o acesso tornou-se mais simples e rápido: " Essa é uma coisa extraordinária." , comentou. Essa facilidade, segundo ele, é estendida às residências dos beneficiados que contam com o recebimento de uma carta em casa comunicando-os acerca do seu tempo de serviço.
 O presidente ainda apontou outra melhoria dentro da previdência: o cadastro está se estendendo também para o trabalhador rural. "Além de tudo é a modernização chegando às pessoas mais humildes desse país.", ressaltou lula. Por fim ele agradece a imprensa brasileira pelas críticas feitas, já que elas contribuiram para o aperfeiçoamento do sistema.

Por: Márcia Andréia

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Noticia

A notícia é um formato de divulgação de um acontecimento por meios, jornalísticos. É a matéria-prima do Jornalismo, normalmente reconhecida como algum dado ou evento socialmente relevante que merece publicação numa mídia. Fatos politicos, sociais, econômicos, culturais, naturais e outros podem ser notícia se afectarem indivíduos ou grupos significativos para um determinado veículo de imprensa. Geralmente, a notícia tem conotação negativa, justamente por ser excepcional, anormal ou de grande impacto social, como acidentes, tragédias, guerras e golpes de estado. Notícias têm valor jornalístico apenas quando acabaram de acontecer, ou quando não foram noticiadas previamente por nenhum veículo. A "arte" do Jornalismo é escolher os assuntos que mais interessam ao público e apresentá-los de modo atraente. Nem todo texto jornalístico é noticioso, mas toda notícia é potencialmente objeto de apuração jornalística.

Quatro fatores principais influenciam na qualidade da notícia:
  1. Novidade: a notícia deve conter informações novas, e não repetir as já conhecidas
  2. Proximidade: quanto mais próximo do leitor for o local do evento, mais interesse a notícia gera, porque implica mais diretamente na vida do leitor
  3. Tamanho: tanto o que for muito grande quanto o que for muito pequeno atrai a atenção do público
  4. Relevância: notícia deve ser importante, ou, pelo menos, significativa. Acontecimentos banais, corriqueiros, geralmente não interessam ao público
Exemplo de Noticia:

http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/09/ficha-limpa-e-necessaria-para-85-dos-eleitores-brasileiros-diz-ibope.html

Até o próximo encontro!

Formatos Gênero-informativos


Todos os gêneros são subdivididos em formatos, Começarei portanto pelo Gênero informativo , que se divide em:

- Nota
- Notícia
- Reportagem
- Entrevista

E quais os exemplos de Gênero?



- Informativo
- Interpretativo
- Opinativo
- Diversional
- Utilitário

O que afinal são Gêneros Jornalisticos?

A partir de uma pesquisa feita na internet, sobre o real sentido da expressão Gênero Jornalistico, me deparei com a seguinte definição.

"O gênero jornalístico deve ser considerado como ato comunicativo relativamente estável, ou seja,enunciação relativamente estável e não enunciado relativamente estável. Quatro principais critérios de definição de gênero para a formação discursiva jornalística (FDJ, por RINGOOT & UTARD, 2005): finalidades institucionais, lógica enunciativa, força argumentativa, identidade discursiva (competências empregadas) e potencialidades do mídium.Para que as composições discursivas da FDJ sejam consideradas gênero é necessário que se realizem na combinação regular de alguns elementos: 1) lógica enunciativa, que se dá na relação entre objetos de realidade, compromissos realizados e tópicos jornalísticos; 2) força argumentativa, que se dá na relação entre o grau de verossimilhança dos enunciados e o nível de evidência dos OR, medida pelos tópicos jornalísticos; 3) identidade discursiva, que se dá na relação entre status (competências) e as dimensões de sujeito comunicante, locutor e enunciador no ato da troca comunicativa; e 4) potencialidades do mídium (algumas apenas influentes).

Fonte: http://www.scribd.com/doc/28326037/Generos-Jornalisticos-partindo-do-discurso-para-chegar-a-finalidade

Trabalho apresentado no GP: Gêneros Jornalísticos, IX Encontro dos Grupos/Núcleos de Pesquisas emComunicação, evento componente do XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.

Achei interessante a definição que enumera alguns elementos presentes, então achei bem interessante. 

domingo, 19 de setembro de 2010

Finalidade .

Esse blog foi criado, a partir de um trabalhado da disciplina de Gêneros Jornalisticos, do curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo da UESB, ministrado pelo professor Marcus Lima. E tem como objetivo principal trabalhar de uma forma prática acerca dos diferentes tipos de Gênero, nos mais diferentes meios de comunicação.